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POESIAS INEDITAS(1859-1863)
LISBOA*M. GOMES, Livreiro-Editor*70, Rua Garrett, 721892
D'esta edição tirarem-se:
4 Exemplares em papel das manufacturas imperiaes do Japão, numerados de1 a 4.
16 Exemplares em papel Whatman, numerados de 5 a 20.
POESIAS INEDITAS(1859-1863)
com outras pela primeira vez colligidas
LISBOA*M. GOMES, Livreiro-Editor*70, Rua Garrett, 721892
Wilhelm Storck, Oliveira Martins
Eça de Queiroz, Alberto Sampaio, Jayme Batalha Reis
Luiz de Magalhães, Joaquim de Araujo
João de Deus
D. Carolina Michaelis de Vasconcellos
Santos Valente, Alberto Telles
Antonio de Azevedo Castello Branco, José Ben Saude
F. Machado de Faria e Maia
José Falcão, Manuel de Arriaga
Anselmo de Andrade, Manuel Duarte de Almeida
etc., etc.
a todos os que amaram e admiraram Anthero
A publicação d'este livro é um phenomeno litterario de alta importancia.Compõe-se de uma collecção de Poesias ineditas de Anthero de Quental,na primeira phase artistica, de 1859 a 1863, quando o seu ideal eraainda religioso, romantico e espiritualista. Phase ignorada do publico,acha-se descripta pelo poeta na sua Autobiographia, quando allude á«educação catholica e tradicional de um espirito naturalmente religioso,nascido para crêr placidamente e obedecer sem esforço a uma regraconhecida.»
Ao dar á publicidade o livro revolucionario as Odes modernas, em 1865,accentuada poesia de combate, Anthero rasgou todas as composiçõesanteriores, para que não ficassem vestigios d'esse periodocontemplativo. Dera então o maximo relêvo á «revolução moral eintellectual», como o facto mais importante da sua vida, segundoconfessa na Autobiographia. Truncando as suas origens artisticas,apagava uma pagina psychologica, tão cheia de verdade e naturalidade,que a critica nunca poderia reconstruir.
Por uma casualidade feliz um companheiro de Anthero de Quental, que poresse tempo frequentava a faculdade de medicina, copiára todas as poesiasromanticas: chamava-se Eduardo Xavier de Oliveira Barros Leite,fallecido prematuramente em 1872. Por um enlace de familia, obtive poroccasião da sua morte o caderno das poesias que copiára, e que o proprioauctor, que lhe sobreviveu vinte an